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Análise: Cruzeiro retoma essência da temporada e nocauteia o Vitória em jogo com armadilhas
Time é letal e mata partida em primeiro tempo que teve Cássio como destaque
GLOBOESPORTE.COM / GUILHERME MACEDO
Ao melhor estilo de um time que se destaca no futebol brasileiro na temporada, o Cruzeiro bateu o Vitória por 3 a 1, no Mineirão. Equipe que usou da sua essência letal para vencer um jogo que teve armadilhas e foi mais aberto do que deveria.
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Os três pontos eram essenciais – e quase obrigatórios – para o Cruzeiro. Não só para evitar a ultrapassagem do Mirassol ou uma disparada maior de Palmeiras e Flamengo, mas para dar resposta em meio a uma sequência de jogos não tão seguros. Conseguiu o resultado e com boa atuação, ao menos no segundo tempo.
O primeiro foi de pura trocação, e o Cruzeiro venceu a luta porque foi eficiente para nocautear o adversário. Teve quatro grandes chances e marcou três vezes. Por outro lado, a guarda estava baixa, e o time só não saiu mais machucado porque teve Cássio em noite inspirada.
Com 14 segundos de jogo, o goleiro fez um milagre em finalização de Matheuzinho, que provavelmente mudaria todo o contexto da partida. Não só pelo óbvio impacto do gol cedo, mas pelo que as duas equipes mostraram em campo. O Cruzeiro abriu o placar no primeiro ataque que teve e, até por isso, não deveria ter cedido a quantidade de chances que cedeu.
Desde o primeiro momento dava para ver que o time não estava bem. Marcou de forma espaçada, dando brechas para Matheuzinho organizar o jogo para o Vitória. Cássio apareceu quando precisou, e o segundo gol de Kaio Jorge, aos 22 minutos, parecia encaminhar o triunfo, que voltou a ficar sob risco 15 minutos depois, com gol de Willian Oliveira.
Mas, a partir dali, o Cruzeiro conseguiu se estabelecer como um time de qualidade com a bola nos pés, acionando mais vezes Matheus Pereira e Arroyo. O equatoriano, aliás, deu novamente ao time a chance de respirar. Tinha errado algumas decisões no ataque, mas não desperdiçou oportunidade que teve dentro na área: 3 a 1 e ótima vantagem em um jogo totalmente sem controle.
O Cruzeiro soube aproveitar bem o intervalo, e Cássio foi mero espectador no segundo tempo. Surgiu somente em intervenções pelo alto e em boas saídas usando os pés. Na frente, produziu o suficiente para transformar a vitória em goleada, com chances perdidas por Arroyo, Gabigol e Matheus Pereira. O desempenho da segunda etapa chancelou o resultado no Mineirão.
Ainda que passe por um momento de oscilação em atuações, o Cruzeiro tem uma sequência de resultados que precisam ser valorizados. Além de ter vencido Fortaleza e Vitória no Mineirão, saiu para pontar contra Atlético-MG, Flamengo e Palmeiras – todos os jogos atuando com um a menos no segundo tempo. Foram três pontos ganhos, não seis perdidos.
Na sequência de seis rodadas sem perder, só não há argumentos que justifiquem a igualdade contra o Sport, no Mineirão. Jogos como aquele que fazem o torcedor lamentar, mas eles são raros ao longo da trajetória. Os resultados dentro da curva do Cruzeiro com Leonardo Jardim são os outros cinco citados e, por isso, o time se recusa a sair da briga pelo título, ainda que não seja simples.
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